Com a quinta e sexta rodada da Divisão de Acesso adiadas devido a situação que o Rio Grande do Sul vive, a vitória contra o Aimoré por 2 a 0, no domingo passado, segue repercutindo na Boca do Lobo. Autor do primeiro gol, o extrema Fauver Frank conversou com o Diário Popular sobre o lance que abriu o placar e o momento da equipe após fazer seis pontos seguidos, assumindo o terceiro lugar do grupo B.

“Recebi a bola, acredito que o zagueiro pensou que fosse cruzar, dei o corte, chutei e graças a Deus fui feliz. Um gol importante, o meu primeiro com a camisa do clube. […] Essa vitória mostra a força e a qualidade deste nosso grupo”, contou o jogador sobre o lance do gol.

A partida contra o Índio Capilé marcou também a estreia em casa com o torcedor presente na Boca do Lobo. Na primeira rodada, contra o Inter-SM, o Pelotas estava punido e atuou sem a presença de público.

Fauver Frank ressaltou a força da torcida do Pelotas como um dos motivos que justificam a boa atuação na rodada passada. “Um jogo sem torcida não é um jogo de verdade. Sempre é muito bom jogar com a sua torcida, ainda mais a do Pelotas que é apaixonada, uma torcida que apoia. [...] Não tem como não dar um algo a mais quando tem uma torcida dessa te incentivando”, disse.

Recuperação em Bagé

Após começar com duas derrotas, Ariel Lanzini assumiu como técnico de forma interina no lugar de Paulo Porto. O saldo da mudança foram duas vitórias seguidas, mas antes de bater o Bagé, Fauver lembrou como foram os dias entre a derrota para o Monsoon e a partida que trouxe o alívio e a volta da confiança ao grupo de jogadores.

“Aquela semana foi de indignação da gente pelo resultado, mas nós sempre falávamos internamente que sempre acreditava. […] Teve uma pressão de nós jogadores mesmos. Nós sabíamos daquilo que a gente poderia fazer dentro de campo”, afirmou.

Após o apito final na Pedra Moura, jogadores, comissão técnica e direção comemoraram muito no gramado a primeira vitória na Divisão de Acesso. “Nós sabíamos que nós só precisávamos da primeira vitória, independente da forma que fosse. Futebol não importa se você joga bonito ou não, o que importa é o resultado. Dada a circunstância que a gente estava nós só queríamos vencer”, completou.

Tempo para treinar

Ainda sem saber quando voltará a campo, o elenco do Pelotas se reapresenta hoje após três dias de folga. Mesmo embalado após os dois resultados positivos, Fauver acredita que o tempo sem jogo é positivo no sentido de dar tempo do grupo entender melhor as ideias de Ariel Lanzini.

“Nós ainda não tínhamos feito um trabalho com o Ariel. A gente tinha feito três treinos só. A gente mal treinou. Essa parada vai nos ajudar a absorver mais o conceito de jogo do Ariel. Em pouco tempo ele conseguiu mudar bastante coisa no nosso posicionamento, na forma que ele quer que a gente jogue”, complementou.